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quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

2010: “O que realmente importa?”

Foto: Marilena Rodrigues, http://photopoetica.zip.net
Tom Simões, jornalista, http://tomsimoes.criarumblog.com, Santos (SP), janeiro 2010
 
Leio, leio muito. Hoje, nas leituras, dou preferência a obras que apresentam conceitos sobre o que é essencial na natureza humana. Porque há em mim o desejo constante de me superar, de servir como instrumento útil no âmbito da minha existência.
 
Desse tipo de leitura constante, há sempre algo construtivo a extrair.  Tenho o hábito de condensar algumas obras com o propósito exclusivo de compartilhá-las com meus leitores. É claro que isto não impede o leitor, a partir de então, de se sentir interessado pela leitura completa da obra.
 
Acabo de ler “O que realmente importa?”, de Anderson Cavalcante. Para o escritor, somente com uma visão mais aguçada você verá a vida por outro ângulo, verá o que realmente importa, verá que a vida só faz sentido se você estiver realizando, contribuindo, servindo a algo maior que seus próprios interesses, vivendo sua missão. Que tal refletir um pouco sobre tudo isto e mudar alguns comportamentos em 2010?
 
Para Anderson, muitas pessoas apenas existem, ficando completamente privadas da possibilidade de se conhecer, de pensar no que são, no que querem realizar de importante para transcender seus próprios desejos e sonhos a ponto de contribuir para algo que faça a diferença na vida de outras pessoas também.
 
Anderson traz algo de importante, citado por Ralph Waldo Emerson: “O que você faz soa tão alto que o que você fala ninguém escuta”.
 
Experiência de ser o outro
 
“Uma das melhores sensações que um ser humano pode ter é perceber que sua intervenção fará uma diferença positiva na vida de outro ser humano. Jamais perca a oportunidade de ajudar alguém a encontrar seu caminho. Essa é uma ação que dignifica o homem”, narra o autor.
 
Ele diz também que “É aqui que você tem a oportunidade ainda maior de crescer como ser humano, porque uma das formas de ampliar nossa capacidade de amar é enfrentar de peito aberto a experiência de ser o outro por alguns momentos. [...] Afinal, uma alegria dividida são duas alegrias e uma tristeza dividida é meia tristeza”.
 
Ocupe-se: cada instante é precioso...
 
“Se você quiser pedir um favor a alguém, peça à pessoa mais ocupada que você conhece. Porque se você pedir a alguém que não tem nada para fazer, provavelmente essa pessoa não vai dar conta do recado”, escreve Anderson.
 
Concordo com o autor, quando comenta que, quanto mais atividades temos, maior nossa capacidade de organizar nosso tempo e realizar com eficácia as tarefas necessárias. E existe a dimensão mágica que o tempo adquire quando fazemos algo realmente importante. Quando estamos entusiasmados, alinhados com algo maior do que nossas tarefas rotineiras, é como se as horas fossem muito mais elásticas do que são normalmente.

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