O caderno Informática, da Folha de S.Paulo de 16/7/2008, publicou importante artigo (que ora sintetizo) sobre o assunto, com a autoria de Gustavo Villas Boas e Daniela Arrais. As pessoas envolvem-se com a máquina e não percebem o gradativo processo de comprometimento da saúde. Conheça então os males provocados pelo uso direto do computador e saiba como enfrentá-los, conforme recomenda a Folha.
[...] "Ninguém é robô para
passar horas em frente à máquina sem que o corpo reclame. Podem ser os olhos, as costas, os dedos da mão. O fato é que, segundo especialistas ouvidos pela Folha, passar mais de uma hora, sem intervalos, em frente ao computador, escutando música com fone de ouvido ou até falando ao celular, pode criar ou agravar problemas físicos.
...Em casa ou no escritório, todo ambiente em que fica o computador deve considerar o conforto do usuário. ‘É um conjunto. Não adianta imaginar que só mudar a cadeira, só mudar a bancada, é o suficiente. Tudo influencia’, diz Germmanya D’Garcia, professora do núcleo de design da UFPE (Universidade Federal de Pernambuco) e ergonomista certificada pela Abergo (Associação Brasileira de Ergonomia), www.abergo.org.br.
...A professora diz que de três a cinco minutos são suficientes, mas adverte que é preciso se movimentar nesse período, por exemplo, caminhando, alongando os braços e abrindo e fechando os dedos das mãos.
...‘Eu deixo sempre uma garrafinha de água na minha bancada. Assim, eu hidrato o corpo e ainda sou obrigada a levantar para ir ao banheiro’, sugere".
Algumas sugestões
[...] "A luz deve ser difusa no ambiente ou indireta – por exemplo, de uma fonte lateral. O ideal é que a iluminação da tela seja compatível com a do ambiente.
O assento precisa ter um apoio para as costas; não é necessário sentar com o corpo rígido. O joelho deve formar um ângulo de 90º. A bancada do teclado deve ficar pouco acima das pernas, pois o cotovelo deve formar um ângulo de 90º, e é adequado que parte do braço fique apoiada nela. Os pés devem ficar apoiados no chão. Se for necessário, use um apoio para isso.
Não use o fone de ouvido por mais de uma hora sem parar. Nunca deixe o som escapar a ponto de uma outra pessoa o ouvir.
Lembre-se: a cada uma hora, levante e movimente o corpo por pelo menos três minutos".
Vício em internet pode ser uma doença mental
[...] "Em três anos de funcionamento, o Centro de Estudos de Dependência da Internet, ligado ao Ambulatório Integrado dos Transtornos do Impulso, do Hospital das Clínicas, em São Paulo, já atendeu 30 pessoas. Uma nova turma começará em agosto.
Para se submeter ao tratamento, que dura 18 meses, é preciso se encaixar em pelo menos cinco dos oito tópicos apresentados na página do centro (www.dependenciadeinternet.com.br).
...‘Ao contrário do álcool e das drogas, que o paciente tem que prometer que não vai mais usar, os dependentes precisam aprender a dosar o tempo’, afirma Cristiano Nabuco de Abreu, coordenador do centro. Segundo ele, em geral, os pacientes apresentam quadros de depressão, fobia social ou transtorno bipolar do humor. ‘São pessoas mais fechadas, introspectivas, que preferem a internet porque têm dificuldade de se relacionarem com outras pessoas. Mas também há gente extrovertida que acaba ficando dependente.’
Durante o tratamento, a equipe do centro tenta fazer um ‘desmame’ da internet, para que o paciente tenha experiências na vida real. ‘Em vez de entrar no MSN, sugerimos que ele pegue o telefone. Em vez de marcar um encontro virtual, indicamos um real. Às vezes entramos com medicação para tratar de depressão’, completa".
Doença mental
[...] "O vício em internet pode ser uma doença mental, segundo Jerald Block, médico que defende que essa dependência entre no livro de referência da Associação Americana de Psiquiatria, que categoriza e diagnostica doenças mentais.
Em artigo publicado em março, no ‘American Journal of Psychiatry’, o psiquiatra da Universidade de Ciências e Saúde de Oregon, em Portland, diz que os sintomas do vício por uso excessivo de internet são associados à perda da noção do tempo, à negligência de impulsos básicos e aos sentimentos de irritação, tensão ou depressão caso o computador esteja inacessível.
A necessidade de micros melhores ou mais horas de uso, além de reações negativas como brigas, isolamento social e fadiga, também são apontados como indicadores de vício".
[...] "Ninguém é robô para
passar horas em frente à máquina sem que o corpo reclame. Podem ser os olhos, as costas, os dedos da mão. O fato é que, segundo especialistas ouvidos pela Folha, passar mais de uma hora, sem intervalos, em frente ao computador, escutando música com fone de ouvido ou até falando ao celular, pode criar ou agravar problemas físicos.
...Em casa ou no escritório, todo ambiente em que fica o computador deve considerar o conforto do usuário. ‘É um conjunto. Não adianta imaginar que só mudar a cadeira, só mudar a bancada, é o suficiente. Tudo influencia’, diz Germmanya D’Garcia, professora do núcleo de design da UFPE (Universidade Federal de Pernambuco) e ergonomista certificada pela Abergo (Associação Brasileira de Ergonomia), www.abergo.org.br.
...A professora diz que de três a cinco minutos são suficientes, mas adverte que é preciso se movimentar nesse período, por exemplo, caminhando, alongando os braços e abrindo e fechando os dedos das mãos.
...‘Eu deixo sempre uma garrafinha de água na minha bancada. Assim, eu hidrato o corpo e ainda sou obrigada a levantar para ir ao banheiro’, sugere".
Algumas sugestões
[...] "A luz deve ser difusa no ambiente ou indireta – por exemplo, de uma fonte lateral. O ideal é que a iluminação da tela seja compatível com a do ambiente.
O assento precisa ter um apoio para as costas; não é necessário sentar com o corpo rígido. O joelho deve formar um ângulo de 90º. A bancada do teclado deve ficar pouco acima das pernas, pois o cotovelo deve formar um ângulo de 90º, e é adequado que parte do braço fique apoiada nela. Os pés devem ficar apoiados no chão. Se for necessário, use um apoio para isso.
Não use o fone de ouvido por mais de uma hora sem parar. Nunca deixe o som escapar a ponto de uma outra pessoa o ouvir.
Lembre-se: a cada uma hora, levante e movimente o corpo por pelo menos três minutos".
Vício em internet pode ser uma doença mental
[...] "Em três anos de funcionamento, o Centro de Estudos de Dependência da Internet, ligado ao Ambulatório Integrado dos Transtornos do Impulso, do Hospital das Clínicas, em São Paulo, já atendeu 30 pessoas. Uma nova turma começará em agosto.
Para se submeter ao tratamento, que dura 18 meses, é preciso se encaixar em pelo menos cinco dos oito tópicos apresentados na página do centro (www.dependenciadeinternet.com.br).
...‘Ao contrário do álcool e das drogas, que o paciente tem que prometer que não vai mais usar, os dependentes precisam aprender a dosar o tempo’, afirma Cristiano Nabuco de Abreu, coordenador do centro. Segundo ele, em geral, os pacientes apresentam quadros de depressão, fobia social ou transtorno bipolar do humor. ‘São pessoas mais fechadas, introspectivas, que preferem a internet porque têm dificuldade de se relacionarem com outras pessoas. Mas também há gente extrovertida que acaba ficando dependente.’
Durante o tratamento, a equipe do centro tenta fazer um ‘desmame’ da internet, para que o paciente tenha experiências na vida real. ‘Em vez de entrar no MSN, sugerimos que ele pegue o telefone. Em vez de marcar um encontro virtual, indicamos um real. Às vezes entramos com medicação para tratar de depressão’, completa".
Doença mental
[...] "O vício em internet pode ser uma doença mental, segundo Jerald Block, médico que defende que essa dependência entre no livro de referência da Associação Americana de Psiquiatria, que categoriza e diagnostica doenças mentais.
Em artigo publicado em março, no ‘American Journal of Psychiatry’, o psiquiatra da Universidade de Ciências e Saúde de Oregon, em Portland, diz que os sintomas do vício por uso excessivo de internet são associados à perda da noção do tempo, à negligência de impulsos básicos e aos sentimentos de irritação, tensão ou depressão caso o computador esteja inacessível.
A necessidade de micros melhores ou mais horas de uso, além de reações negativas como brigas, isolamento social e fadiga, também são apontados como indicadores de vício".
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